O Natal é a celebração cristã do nascimento de Jesus. Todos os anos as famílias comemoram esta data das mais variadas maneiras, independente da crença de cada uma. Em algumas casas o momento mágico é quando se monta o pinheirinho, enfeitando-o com bolas coloridas e brilhantes, colocando o presépio representado pelas figuras de José, Maria, o menino Jesus na manjedoura, pastores, ovelhas e os reis magos. Em outras o Advento, tempo de refletir e se preparar espiritualmente para o Natal, enche os lares com hinos de louvor, leitura de passagens bíblicas, cultos familiares.
Os preparativos para as festas natalinas incluem, para muitos, a procura do presente ideal, a decoração da casa, a preparação da ceia e a visita do Papai Noel para as crianças. Aliás, em muitas casas, ele faz uma visita relâmpago dias antes do Natal. Trata-se de São Nicolau, ou Santa Claus, que passa deixando nas botinhas pequenas lembranças.
Mas, de onde vem este costume? E quem é Nicolau?
Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.
A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus e no Brasil de Papai Noel.
Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho mostrando-o com uma roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto.
Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.
Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países
– Alemanha (Weihnachtsmann, O “Homem do Natal”);
– Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel);
– Chile (Viejito Pascuero);
– Dinamarca (Julemanden);
– França (Père Noël);
– Itália (Babbo Natale);
– México (Santa Claus);
– Holanda (Kerstman, “Homem do Natal);
– Portugal (Pai Natal);
– Inglaterra (Father Christmas);
– Suécia (Jultomte);
– Estados Unidos (Santa Claus);
– Rússia (Ded Moroz).
Talvez por haver tantas representações de Papai Noel fica difícil explicar para as crianças porque o Papai Noel da loja da esquina é magro, com barba falsa; o do shopping é tão simpático e verdadeiro, com barba e tudo e aquele da propaganda da TV tem uma voz diferente dos dois primeiros e por aí vai.
Com tanta variedade de Noéis, nossas crianças, cada vez mais cedo, perdem a fantasia deste personagem simpático e dizem que ele não existe. Afinal, quem compra os presentes é o pai e a mãe, e não o Papai Noel.
Sempre que uma criança me pergunta se Papai Noel existe eu digo que sim, mas que ele precisa de muitos ajudantes. Por isso encontramos tantos Noéis diferentes nas lojas e nas propagandas. Ah, e quem paga os presentes são os pais, mas quem coloca embaixo do pinheirinho é Papai Noel. Também explico que podemos ajudar Papai Noel a distribuir presentes para as crianças e idosos que não tem família ou não tem condições de ter um Natal com alguns presentes e comida gostosa. Sendo assim, Papai Noel faz parte do nosso Natal, ele pode ser incorporado a esta festa cristã, basta darmos a ele um sentido como na história de Nicolau.
Qualquer um de nós pode brincar de ser Papai Noel, São Nicolau, Santa Claus e sair por aí distribuindo “Oh, oh, oh!”, presentes, carinho e brilho no olhar.
Mas ninguém pode substituir o menino Jesus na manjedoura. Ele é o verdadeiro Natal, os votos de paz e esperança, a renovação e a confiança, a certeza da vitória porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. (Isaías 9: 6)
Neste Natal podemos chamar Papai Noel, mas não podemos esquecer de manter nosso olhar na manjedoura. É dela que se renova a esperança de um mundo melhor, mais justo, mais verdadeiro, com paz e harmonia.
Janete Cristiane Petry
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote