Esta é uma pergunta e uma dúvida que acompanham os pais que procuram educar e criar seus filhos para a vida e para a felicidade. Educar e possibilitar a felicidade em sujeitos que aprendam a viver no coletivo, respeitando sua individualidade, relacionando-se com seus pares e demais membros da sociedade é uma tarefa desafiadora e nada simples.
Numa sociedade onde impera o individualismo, o desrespeito e o preconceito, precisamos de exemplos e atitudes que contribuam para uma educação de crianças e jovens capazes de tomar decisões na vida e para a vida.
Um recente estudo, baseado em pesquisa realizada com cerca de 2 mil pais que se submeteram a um teste on-line, apontou as dez competências necessárias para educar filhos felizes.
- Amor e carinho. Os pais precisam demonstrar afeto pelos filhos, respeitando suas diferenças e suas ideias próprias;
- Administração do estresse. Investir em técnicas de relaxamento e bem-estar para compreender-se melhor e ter mais qualidade de vida;
- Habilidades do relacionamento. Desenvolver relacionamentos saudáveis e melhorar as relações afetivas;
- Incentivo à autonomia e à independência. Estimular os filhos na busca da autonomia para tornarem-se cada vez mais confiantes e motivados a tomar iniciativa;
- Acompanhar a aprendizagem. Participar da vida escolar e de aprendizagem dos filhos incentivando o gosto pelos estudos e a curiosidade;
- Preparação para a vida. Manter diálogo sensível e honesto sobre temas delicados e importantes, auxiliando assim a desenvolver a maturidade e a responsabilidade;
- Atenção ao comportamento. Reforçar e elogiar as boas atitudes e recriminar o uso da violência como forma de educação. Substituir o castigo pelo diálogo e usar punições somente quando a conversa falhou mais de uma vez;
- Saúde. Ter boa saúde para incentivar hábitos saudáveis na vida dos filhos;
- Espiritualidade. Desenvolver a espiritualidade, a consciência ecológica, o respeito às diferenças, evitando todas as formas de preconceito;
- Segurança. Proteger os filhos de situações de risco e conhecer as atividades e amizades deles.
Os pais concluíram, durante a pesquisa, que ao conhecer e desenvolver as competências necessárias para serem bons educadores, aprenderam a observar e desenvolver melhor as competências dos próprios filhos.
Talvez as dez competências apontadas pela pesquisa para ser um bom pai e uma boa mãe não estejam de acordo com aquilo que você ou eu acreditamos, mas servem como reflexão para melhorarmos nossa atuação como educadores.
Janete Cristiane Petry – janetepp@espacodomquixote.com.br
Psicopedagoga do Espaço Dom Quixote
28 de Julho de 2020
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